A Carta Aberta e a outra prestação de contas

Frederico Vasconcelos

Da procuradora regional da República aposentada Ana Lúcia Amaral sobre a Carta Aberta dos advogados em repúdio aos alegados abusos da Lava Jato:

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Os advogados que subscreveram a referida carta reclamam de barriga cheia. Imaginem só se existisse, no Brasil,a norma segundo a qual acusados por prática de crime de lavagem não podem pagar seus próprios advogados, que são oferecidos pelo Estado-acusador, para evitar que se beneficiem do produto de seu crime.

Estamos ainda muito longe do combate eficiente da macro-criminalidade. No entanto, considerando os padrões brasileiros, até que houve algum progresso.

Dá para entender o esperneio dos advogados subscritores da tal carta: têm que se justificar perante a clientela presa, pois com os honorários milionários que recebem, estão precisando demonstrar serviço.

Se a soltura dos presos está bem difícil, imagine se dá para pensar em prescrição…