Adiamento de sessão do CNJ incomoda advogados

Frederico Vasconcelos

O cancelamento da sessão plenária do Conselho Nacional de Justiça, que deveria realizar-se nesta terça-feira (2), gerou insatisfação entre advogados.

“O cancelamento da sessão do CNJ na véspera de sua realização demonstra evidente desrespeito aos advogados e jurisdicionados. É o descaso praticado por quem deveria dar o exemplo”, afirma Marcio Kayatt, ex-presidente da Associação dos Advogados de São Paulo. (*)

O CNJ informou, na véspera, que “dificuldades de acesso, diante do feriado de Primeiro de Maio, recomendaram o cancelamento”.

“O CNJ lamenta quaisquer transtornos provocados por este adiamento”, afirmou o órgão, em nota divulgada na noite de segunda-feira.

Segundo um dos membros do colegiado, houve “problemas nos deslocamentos de alguns integrantes do Conselho”.

O cumprimento da agenda e a atenção aos advogados sempre foram preocupação da ministra Cármen Lúcia, presidente do CNJ.

Ao assumir, ela anunciou que pretendia divulgar as pautas das sessões com um mês de antecedência, o que, segundo informou na ocasião, “deveria facilitar o deslocamento dos advogados, a elaboração dos votos e a programação das viagens –com economia na compra de passagens– dos dez conselheiros que não moram em Brasília”.

Nesta terça-feira, com o cancelamento da sessão, constava na sua agenda apenas uma audiência às 16h30 com o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, no gabinete da presidência do STF.


(*) Com correção às 16h25