Lava Jato como peça de resistência
Reportagem de Reynaldo Turollo Jr., da Folha, revela que a subprocuradora-geral da República Raquel Dodge, que vai comandar a Procuradoria-Geral da República a partir de setembro, questionou o atual ocupante do cargo, Rodrigo Janot, sobre os motivos de o orçamento de 2018 prever menos recursos para a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.
Durante a disputa para eleger os candidatos à lista tríplice da categoria, atribuiu-se a Dodge um “ataque interno” à Lava Jato.
Janot alegou, na ocasião, que a operação seria impactada por uma proposta apresentada pela subprocuradora-geral, em outubro de 2016, ao Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF). A ideia, que não era nova, seria restringir a 10% a cessão de procuradores a outras unidades do Ministério Público Federal.
Segundo a reportagem, a assessoria de imprensa da PGR afirmou em nota que “não há que se falar em qualquer redução dos valores destinados à força-tarefa da Lava Jato em Curitiba”.
“A atual administração considera a Lava Jato prioridade e disponibiliza, desde o início, os recursos necessários aos grupos que atuam nas investigações, tanto em Curitiba, como no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, inclusive com fortalecimento das estruturas de assessoria neste ano.”