A agenda de Cármen Lúcia e as sessões do CNJ
Advogados questionavam ontem se a presença da ministra Cármen Lúcia num evento em São Paulo, do qual também participou o juiz Sergio Moro, seria motivo para o cancelamento da sessão do Conselho Nacional de Justiça nesta terça-feira (15).
A 256ª Sessão Ordinária foi cancelada por meio da Portaria n. 32, da Secretaria-Geral do Conselho, divulgada em nota na última quinta-feira, sem informar as razões.
A pauta foi transferida para a sessão do dia 29 de agosto, quando o Conselho se reúne novamente.
A sessão também foi cancelada por causa de vários outros compromissos, como as audiências sobre a questão indígena, e pelo fato de que, nesta quarta-feira, haverá sessão dupla no STF.
Em São Paulo, Cármen Lúcia aproveitou para ultimar a pesquisa sobre julgamentos de casos de violência contra a mulher que será apresentada nesta sexta-feira, em Salvador, na jornada da Lei Maria da Penha, evento do CNJ.
Assim como fez no primeiro semestre, a ministra determinou à secretaria do conselho designar três sessões extras.
Segundo informa a assessoria de imprensa do CNJ, ao falar sobre o papel da Justiça e do Judiciário no atual contexto do país, em palestra no “IV Fórum Jovem Pan Mitos e Fatos”, Cármen Lúcia afirmou que “a população clama por Justiça e é contra a impunidade. A ética não é uma escolha, mas a única forma de se viver sem o caos”.
Para ela, os valores podem mudar ao longo do tempo, mas a busca por Justiça é permanente e as instituições precisam dar uma resposta à sociedade. “Corrupção é um ato de traição contra o cidadão. Corrói as instituições, deteriora a política e descontrola a economia: um fator de destruição institucional”.