Fleury nega que controlaria a Polícia Federal

Frederico Vasconcelos

Em Brasília, há quem acredite que o nome do ex-governador paulista Luiz Antônio Fleury Filho continua forte para ocupar o Ministério da Segurança Pública.

Por trás da aposta está a ideia de que o interesse do presidente Michel Temer seria nomear alguém capaz de controlar a Polícia Federal.

Fleury nega as duas hipóteses.

Diz que não foi convidado e que não caberia ao ministro da Segurança Pública controlar a Polícia Federal.

“Eu sempre dei independência para o delegado-geral da Polícia Civil e para o comandante da Polícia Militar”, diz o ex-governador paulista, para quem o papel de um ministro seria traçar uma “política maior para a segurança pública”, e não se intrometer em questões internas de cada órgão.

“Eu sempre defendi a criação de um Ministério da Segurança Pública. Apresentei 78 projetos nessa área, como deputado federal. O modelo de resposta penal está errado. É preciso mudar a estrutura do processo penal. Não se pode ter o número de presos provisórios que há no Brasil”.

“É preciso discutir leis que não sejam apenas para a situação do momento e traçar diretrizes para o país, como o currículo único”.

“Já dei minha contribuição, não pretendo assumir o cargo”, afirma.