AMB não participará da greve de juízes
A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), a maior entidade representativa de juízes do país, anunciou que não vai participar da mobilização prevista para o dia 15 de março, liderada pela Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil).
Em nota à imprensa, o presidente da AMB, juiz Jayme Oliveira, informa que a Frente Associativa, que congrega entidades de magistratura e do Ministério Público, decidiu que as entidades que paralisarem nesse dia o farão em nome próprio.
Em nota, ao defender a paralisação, o presidente da Ajufe, juiz Roberto Veloso, diz que “a indignação contra o tratamento dispensado à Justiça Federal se materializou”.
O presidente da Ajufe avalia que o questionamento quanto ao auxílio-moradia a magistrados é seletivo. “Somente a magistratura é alvo de ataques injustos e levianos, mesmo percebendo o benefício com base na lei e em uma decisão judicial legítima e extensamente fundamentada”, disse.
Eis a íntegra da manifestação da AMB.
Nota à imprensa
O Conselho de Representantes da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), reunido na manhã do dia 28 de fevereiro, deliberou que a entidade, que congrega mais de 14 mil juízes e juízas das esferas estadual, trabalhista, federal e militar, não participará da mobilização inicialmente prevista para o dia 15 de março, organizado pela Frentre Associativa (Frentas) e tampouco fará paralisação ou greve nesse mesmo dia.
Na mesma terça-feira, 28, no período da noite, a Frente Associativa, que congrega entidades da magistratura e do Ministério Público, deliberou por cancelar o movimento previsto para o dia 15. As entidades integrantes da Frentas que fizerem movimento ou paralisação nesse dia o farão em nome próprio e não sob organização da Frente Associativa, corroborando assim a posição defendida pela AMB.
A AMB sempre defendeu o Judiciário e os juízes de todo e qualquer tipo de pressão, tendo a independência da magistratura como um dos maiores valores merecedores de proteção, pois trata-se de conquista da democracia brasileira e da qual jamais abrirá mão.
A AMB defende e continuará a defender a melhoria na remuneração da magistratura brasileira, mas o fará sem comprometer os valores mais caros para o Judiciário e para a República.
Jayme de Oliveira, presidente.