O caso Alckmin e o empoderamento da Justiça Eleitoral
O site Migalhas, frequentado por advogados, trata dos alegados benefícios a Geraldo Alckmin com a decisão da ministra Nancy Andrighi de enviar à Justiça Eleitoral o inquérito sobre o ex-governador, que perdeu o foro especial.
“As apurações na Justiça Eleitoral produzem penas mais brandas do que na esfera criminal”, diz o informativo.
Sobre os desdobramentos da medida, eis o que comenta o site:
Aliás, só não vê quem não quer: tudo agora está sendo enviado para a Justiça Eleitoral. E a Justiça comum, assim fazendo, delegando sua competência, praticamente dá um atestado absolutório. Ou seja, se tudo ficar assim, Caixa 2 –seja lá de onde provém esse dinheiro– será um mero problema contábil na eleição. Ou alguém acha que os TREs vão “desdelegar” a competência destes barões da política? Pagando pra ver isso…
(…)
Com o empoderamento dos TREs, já há certo azáfama para as nomeações das cortes onde há vaga. A caneta, em todos os casos, está com o presidente Michel Temer.
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Observação do Blog: a determinação da ministra Andrighi sobre o destino do inquérito que tramita sob sigilo não colidiria com a avaliação da Procuradoria-Geral da República.
Em ofício aos procuradores da força-tarefa da Lava Jato em São Paulo, o vice-procurador-geral da República, Luciano Mariz Maia –que pediu a instauração do inquérito no ano passado– registra que “os fatos vindos a público em abril de 2017 indicavam suposta prática de crime eleitoral“ [grifo no documento].