No mesmo dia em que a Folha revelou a iniciativa de juízas protestando contra o alegado machismo institucional na magistratura, a posse do procurador-geral de Justiça de São Paulo, Gianpaolo Smanio, nesta segunda-feira (16), foi prestigiada por uma mesa de autoridades onde não havia nenhuma mulher.

O fato foi notado por alguns promotores e promotoras. O tema tem sido tratado na instituição.

Smânio foi reconduzido ao cargo pelo governador Márcio França, que nomeou o mais votado da lista tríplice.

Em nome do Órgão Especial, o procurador Álvaro Augusto Fonseca de Arruda saudou o PGJ.

O procurador Walter Sabella, a quem coube conduzir a solenidade antes da assinatura da posse, fez questão de citar Valderez Abbud e Márcio Christino, que completaram a lista tríplice.

Em seu discurso, Smanio também mencionou Valderez e Christino. “Tenho enorme respeito pela trajetória profissional de ambos, colegas destacados e de reconhecida capacidade moral e intelectual, que faço questão de ressaltar”, afirmou Smanio.

Compondo a mesa, também estavam o ministro do STF Alexandre de Moraes, o deputado Arnaldo Faria de Sá, o desembargador Artur Marques da Silva Filho (vice-presidente do TJ), os procuradores Paulo Afonso Garrido de Paula (corregedor do MPSP), Antônio de Pádua Bertone (secretário do Órgão Especial), Fernando José Marques (decano do Órgão Especial) e Olheno Scucuglia (secretário do Conselho Superior do MPSP).