O amargo café com leite dos tucanos

O ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) pediu ao procurador-geral de Justiça, Gianpaolo Smanio, que retirasse  das mãos do promotor do Patrimônio Público o inquérito civil que investiga o tucano por suspeita de improbidade administrativa nos supostos pagamentos de R$ 10,3 milhões via caixa 2 delatados pela Odebrecht, informa o jornal O Estado de S. Paulo.

Alckmin alega que o caso se circunscreve à esfera eleitoral e que a atribuição para investigar eventual improbidade administrativa é do procurador-geral.

A requisição do inquérito foi criticada pelo promotor Ricardo Manuel Castro, que era o responsável pela investigação e disse que “não abdica da sua atribuição”.

O promotor considera a decisão uma “avocação indevida” e enviou representação ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

Embora sejam situações distintas, deve servir como alerta o que aconteceu em Minas Gerais.

O promotor de Justiça Eduardo Nepomuceno –que investigou as suspeitas de corrupção no governo Aécio Neves– foi afastado da promotoria de Defesa do Patrimônio quando apurava o suposto desvio de recursos públicos para uma empresa de Andrea Neves, irmã do senador tucano.

Como este Blog informou, o promotor mineiro contestou na Justiça Federal portaria da corregedoria-geral do Ministério Público de Minas Gerais, que deu origem às acusações anuladas liminarmente por uma juíza federal de Belo Horizonte.