Advogados veem Fachin isolado e MPF derrotado na Segunda Turma do STF
O site Migalhas, frequentado por advogados, também viu na sessão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, nesta terça-feira (26), uma prévia do que mudará na cúpula do Judiciário no segundo semestre.
“Ontem o ministro Toffoli deu o tom que deve marcar sua presidência no comando do STF a partir de setembro: é o fim do superpoder do MPF”, afirma o site.
Sobre o dia em que a Lava Jato sofreu derrotas –com as decisões tomadas pelos ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Levandowski–, o informativo registra que “Fachin ficou vencido sozinho no julgamento de importantes processos”.
“Os criminalistas golearam, e a derrota do parquet foi sentida – inclusive levando o subprocurador da República [Carlos Alberto Carvalho de Vilhena] a ser duramente advertido por movimentos inapropriados”, comenta o site.
Migalhas registra como vencedores os seguintes advogados:
Alberto Zacharias Thoron, com o trancamento da ação penal contra o deputado Fernando Capez (PSDB).
Pierpaolo Cruz Bottini, com a liberdade para Milton Lyra, tido como operador de parlamentares do PMDB.
Juliano Breda, com a revogação da prisão preventiva do ex-ministro Paulo Bernardo.
Daniela Teixeira e Marlus Arns, com a cautelar de soltura do ex-assessor parlamentar João Cláudio Genu.
Também foi citado Antônio Carlos de Almeida Castro (Kakay), defensor do senador Ciro Nogueira (PP-PI), com o início do julgamento de denúncia contra o parlamentar, interrompido por pedido de vista de Gilmar Mendes.
O episódio que mais sugere a mudança de ares no STF a partir de setembro surgiu com a anulação da decisão da Justiça Federal que autorizara a busca e apreensão no apartamento funcional da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).
Eis o relato de Migalhas:
Nesse julgamento, o clima já esquentou, dando sinais de que a manhã prometia. Em dado momento, o ministro Toffoli criticou o magistrado de piso: “Esse juiz depois teve a pachorra de oficiar à presidente do Supremo e ao PGR para pedir minha suspeição. O dr. Rodrigo Janot evidentemente jamais deu andamento a este expediente e aqui no Supremo foi para o lugar devido: a lata do lixo.”