Pela primeira vez, uma mulher na cúpula do Tribunal de Justiça de São Paulo
O Tribunal de Justiça de São Paulo comemora o fato de ter realizado, nesta quarta-feira (25), a primeira sessão do Órgão Especial com a participação de uma mulher como integrante titular.
A desembargadora Maria Cristina Zucchi, eleita para uma das vagas pelo Quinto Constitucional (advocacia), “foi recebida com entusiasmo pelos integrantes do OE e representantes de entidades de classe dos advogados”, informa o tribunal.
Maria Cristina Zucchi nasceu em abril de 1950, bacharelou-se pela Faculdade de Direito da USP. Militou na advocacia de 1975 a 2001, quando foi nomeada juíza pelo critério do Quinto, e alçada a desembargadora em 2005.
“Cheguei aqui por um caminho: o do amor”, disse. “É um sonho que se torna realidade. Ciente do meu papel como magistrada e consciente da representatividade deste momento, espero corresponder às expectativas”, continuou. “Pretendo desempenhar as funções da forma mais séria e responsável possível.”
“Os magistrados de São Paulo estão honrados com sua presença neste Órgão Especial”, afirmou o presidente da Corte, desembargador Manoel de Queiroz Pereira Calças.
Ainda segundo a nota do TJ-SP, o presidente do Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP), José Horácio Halfeld Rezende Ribeiro, elogiou a gestão empreendida pelo presidente do TJ-SP, “que nos traz esperança em momento em que precisamos tanto de segurança jurídica”.
O presidente da OAB-SP, Marcos da Costa, afirmou que se trata de um “evento histórico”, que evidencia “a visão do Órgão Especial, do Conselho Superior da Magistratura e do Pleno do Tribunal”.
O Órgão Especial reúne 25 desembargadores do TJ-SP: o presidente, doze dos mais antigos e doze eleitos.
Enquanto várias cortes são presididas por mulheres –ou tiveram mulheres na presidência–, o fato de uma desembargadora chegar pela primeira vez, como titular, à cúpula do maior tribunal estadual do país não é só um evento histórico, mas um fato que acontece com algum atraso.