Lava Jato no gabinete de Sergio Moro
A jornalista Giselly Siqueira assumiu a assessoria de Comunicação do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a convite do ministro Sergio Moro. O ato de nomeação, assinado pelo chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, foi publicado nesta segunda-feira (14), no Diario Oficial da União.
Com experiência na área de comunicação em órgãos públicos, Giselly atuava como secretária de Comunicação Social no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), nomeada pelo atual presidente, ministro Dias Toffoli.
Ocupou o mesmo cargo no CNJ na gestão do ministro Ricardo Lewandowski.
A jornalista foi chefe da Assessoria de Comunicação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na gestão do ministro Gilmar Mendes.
Giselly Siqueira vem se juntar à equipe de Moro, que reúne assessores afinados e com conhecimento da Operação Lava Jato.
Ela foi assessora de comunicação da Procuradoria Geral da República na gestão dos PGRs Antonio Fernando de Souza e Roberto Gurgel.
É mulher do jornalista Vladimir Netto, autor do livro “Lava Jato – O Juiz Sergio Moro e os Bastidores da Operação que Abalou o Brasil”. Ela não teve atuação na Lava Jato.
Por solicitação do Ministério da Justiça, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região cedeu ao órgão do Executivo três servidores do quadro permanente da 13ª Vara da Justiça Federal no Paraná, da qual o ex-juiz da Lava Jato foi titular.
São eles: Flávia Maceno Blanco (Diretora de Secretaria), Flávia Rutyna Heidemann (Oficial de Gabinete) e Elias José Pudeulko (Técnico Judiciário/Área Administrativa).
Portaria do presidente do TRF-4, Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, prevê que a cessão desses servidores vigora enquanto perdurar a titularidade do cargo.
Blanco foi indicada por Moro para a chefia de gabinete. Pudeulko é assessor da chefia de gabinete. Heideman exerce o cargo de assessora especial de Moro.
São igualmente assessores especiais do ministro: Daniel de Saboia Xavier, ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato na Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, e Marcos Koren, ex-chefe de comunicação da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
Em dezembro, Moro anunciou a indicação da subprocuradora-geral da República Maria Hilda Marsiaj Pinto para a Secretaria Nacional de Justiça (Senajus). Ela integrou a força-tarefa da Lava Jato desde 2015, atuando exclusivamente em processos no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Na mesma época, o ministro confirmou que a delegada da Polícia Federal Erika Mialik Marena –que atuou na Lava Jato desde o início da operação– chefiaria o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI).
Moro convidou Vladimir Passos de Freitas, ex-presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, para chefiar a assessoria de assuntos legislativos do Ministério da Justiça.
Professor de Direito Ambiental no curso de mestrado e doutourado da PUC-PR, Freitas conhece bem o tribunal que julga os recursos da Lava Jato, em Porto Alegre (RS).
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ERRAMOS
Diferentemente do informado em versão anterior deste texto, a jornalista Giselly Siqueira não assessorou o PGR Rodrigo Janot.