José Robalinho propõe diálogo equilibrado e respeito à democracia

Frederico Vasconcelos

Ex-presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), o procurador regional da República José Robalinho Cavalcanti disputa a eleição para a lista tríplice que indicará, em junho, os nomes escolhidos pela categoria para o cargo de procurador-geral da República. Ele diz que o próximo PGR deverá saber conversar com as forças políticas e o Judiciário, mantendo a missão do Ministério Público Federal de defesa dos direitos e da Constituição.

Eis suas prioridades:

Articulação, diálogo e liderança. O Ministério Público Federal internamente tem de dar um salto à frente na sua organização, pensar fora da caixa, o que exige diálogo e liderança para tomar decisões difíceis.

Já o país mais do que nunca precisa de um MPF presente e dialógico, equilibrado e firme no seu papel de respeitar a democracia e defender a constituição. Um MPF que saiba conversar com as forças políticas e Judiciário, sem que com isso perca em nada sua missão de defesa de direitos e da constituição.

Sou uma liderança testada no fogo de muitas lutas que a ANPR desenvolveu pela classe e pelo país. Tenho por característica o diálogo com as instituições e poderes. Conheço e sou conhecido pelos interlocutores do MPF, o que não é tão comum. Tenho conhecimento dos problemas da casa, diagnóstico para os resolver, experiência e preparo para o cargo.

Estas são as razões pelas quais penso me diferencio para conduzir o MPF neste momento, se tiver a confiança de minha classe, do Presidente e do Senado. Evolução e diálogo são mais do que nunca imprescindíveis, e somo, pela minha história e personalidade, condições para enfrentar o desafio.

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José Robalinho Cavalcanti foi presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) por dois mandatos, entre 2015 e 2019, e vice-presidente também por dois mandatos, de 2011 a 2015. É especialista em combate ao crime organizado e lavagem de dinheiro, e representou o MPF e a associação por mais de dez anos na Enccla. Robalinho ingressou no Ministério Público em 1999, com atuação nas procuradorias de São Paulo, Goiás e do Distrito Federal. Atualmente, é procurador regional da República em Brasília. Antes de se tornar membro do MPF, Robalinho foi auditor do Tribunal de Contas da União e consultor legislativo da Câmara dos Deputados.

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Veja também as propostas dos seguintes candidatos:

Antonio Fonseca

Blal Dalloul