O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, viajará a Israel neste mês, acompanhado de membros do Supremo e do Superior Tribunal de Justiça. A viagem é tratada com discrição pelos dois tribunais.

A Confederação Israelita do Brasil (Conib), a Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) e o Project  Interchange promoverão um seminário para ministros do STF e do STJ em Israel, entre os dias 15 e 21 deste mês.

Os convites foram enviados por Fernando Lottenberg, presidente da Conib, Luiz Kignel, presidente da Fisesp, e Nisha R. Abkarian, diretora executiva do Project Interchange.

A agenda inclui encontros com membros do Knesset, o Parlamento israelense, com ministros da Suprema Corte de Israel, funcionários dos Ministérios da Defesa e das Relações Exteriores, analistas políticos e acadêmicos.

A programação prevê visitas a locais históricos, políticos, religiosos e culturais.

A assessoria de Toffoli informou que “a assessoria internacional do STF está concluindo o roteiro de viagem do presidente a Israel e não havia ainda como informar sobre custos do tribunal com a viagem”.

A agenda do presidente é diferente da dos demais ministros que viajarão a convite da Conib.

Ainda segundo a assessoria de imprensa do STF,  os ministros Celso de Mello, Edson Fachin e Ricardo Lewandowski não viajarão. Marco Aurélio e Alexandre de Moraes não quiseram comentar.

Segundo a assessoria do presidente do STJ, o ministro João Otávio de Noronha disse que “não estava sabendo desta viagem”. Ele não viajará, informou a assessoria.

O STF informou, no final de maio, que, por questões de segurança, mudou a forma de divulgação dos compromissos do presidente da corte. Antes, a agenda era divulgada com antecedência. Agora, a presidência do STF vai “avaliar o melhor momento de publicação dos compromissos ao longo do dia”.

Segundo os organizadores do evento, os custos do seminário, incluindo passagem aérea ida e volta, alimentação e hospedagem serão de responsabilidade da Conib, da Fisesp e do Project Interchange.

Os participantes serão responsáveis por quaisquer despesas pessoais durante sua estada em Israel. O Project Interchange apresenta-se como um instituto financiado por indivíduos e fundações privadas, que não recebe nenhum financiamento governamental.

Desde 1982, o Project Interchange promove seminários, que oferecem uma visão geral de Israel, com foco sobre questões de política externa, os desafios, questões militares e estratégicas.

O Blog solicitou aos dois tribunais e aos promotores do seminário a relação completa dos ministros que deverão participar do evento.