‘Sempre falei com juiz, o primeiro que deveria convencer’, diz procuradora
O comentário a seguir é de Ana Lúcia Amaral, procuradora regional da República de São Paulo aposentada. Ela contesta opinião da juíza criminal Cynthia Torres Cristofaro, do Tribunal de Justiça de São Paulo, publicado em post sob o título ‘Violação pelo juiz do dever de imparcialidade é grave, diz juíza‘.
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Lamentável o pretenso esclarecimento da magistrada. Ela pode ser juíza há décadas, mas não consegue ver a diferença entre crimes, sua forma de execução, entre outras coisas. Bem possivelmente, a magistrada deve entender que pode julgar sem olhar para os lados.
Por outro lado, dada a competência da Justiça Estadual, deve ter enfrentado a menor criminalidade, menor pelos efeitos que lançam sobre a sociedade.
Em seus 25 anos de magistratura, não deve ter passado nem perto de uma Lava Jato.
Não me venha dizer que as normas processuais são as mesmas. Todavia a sua aplicação, visando eficácia, exige outras técnicas investigativas, expertise que não surge da noite para o dia.
Dos meus 21 anos de Ministério Público Federal, sempre falei com juiz, pois ele é o primeiro que deveria convencer para a causa que propunha. Seja cível ou criminal.
Muitas conversas foram bem duras, mas tinha que obter o resultado buscado na ação.
Chega de hipocrisia e inveja do talento alheio.