Submarinos: Justiça Militar arquiva investigação sobre suspeita de propina

A Procuradoria-Geral da Justiça Militar arquivou Procedimento Investigatório Criminal (PIC) que apurava a suspeita de pagamento de propina no Programa de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha do Brasil (Prosub) noticiada durante a Operação Lava Jato. (*)

No último dia 19, o procurador-geral de Justiça Militar, Jaime Cassio de Miranda, determinou o arquivamento da apuração por “ausência de indícios concretos de envolvimento de militares da Marinha”.

A súmula da decisão foi publicada nesta terça-feira, 23, no Diário Oficial da União.

Segundo a decisão, o procedimento havia sido instaurado pela Procuradoria de Justiça Militar do Rio de Janeiro para apurar “supostas práticas corruptivas descortinadas no âmbito da Operação Lava Jato, a partir de declarações de colaboradores, sem menção expressa a influências concretas no âmbito do Comando da Marinha ou de suas unidades subordinadas responsáveis pelo programa”.

Ao determinar o arquivamento, Miranda registrou “o afastamento do sigilo bancário da empresa contratada”, “resultado que não trouxe elementos úteis à apuração”.

O procurador-geral concluiu que “o PIC não se presta a ‘auditar’ o Prosub, tarefa que é reservada constitucionalmente ao Tribunal de Contas da União”.

As suspeitas sobre possível esquema de corrupção envolvendo a construção dos submarinos brasileiros foram divulgadas em 2017 após revelações do chefe do setor de infraestrutura da Odebrecht, Benedicto Júnior, nos depoimentos de sua delação premiada.

(*) Procedimento Investigatório Criminal 100.2015.000001