Esclarecimento necessário

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, publicou em 31 de julho último a “Nota à Imprensa” reproduzida abaixo.

O decano corrige erro de edição em texto assinado pelo editor deste Blog –na versão impressa da Folha— sobre o livro “Os Onze – O STF, Seus Bastidores e Suas Crises”, de autoria dos jornalistas Felipe Recondo e Luiz Weber.

Lamento o episódio, mas julgo necessário esclarecer que não fui o autor do equívoco.

Na versão online, que enviei à Redação, consta o seguinte trecho [grifo nosso]:

“Em novembro de 2016, Fux convidou o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a sua casa, para saber se havia algo na Lava Jato que pudesse constrangê‑lo”.

Na versão impressa, por erro de edição –ou seja, de responsabilidade da Redação– foi publicado o seguinte [grifo nosso]:

“Em novembro de 2016, o decano convidou o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a sua casa para saber se havia algo na Lava-Jato que pudesse constrangê-lo”.

A Folha publicou retificação na seção “Erramos”.

Este esclarecimento é feito em respeito ao ministro e aos leitores do Blog.

Frederico Vasconcelos

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Quarta-feira, 31 de julho de 2019

Nota à imprensa – Gabinete do Ministro Celso de Mello

O jornal “Folha de S. Paulo”, em sua edição impressa de 31/07/2019, quarta-feira, divulgou matéria escrita pelo jornalista Frederico Vasconcelos sobre o livro “Os Onze – O STF, Seus Bastidores e Suas Crises”, de autoria dos jornalistas Felipe Recondo e Luiz Weber, salientando, em referida publicação jornalística, que essa obra “registra embates e fatos curiosos no STF”.

O autor da matéria jornalística em questão destacou, em certa passagem de seu texto, que, “Em novembro de 2016, o decano [do STF] convidou o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a sua casa para saber se havia algo na Lava-Jato que pudesse constrangê-lo”.

O Ministro CELSO DE MELLO, decano do Supremo Tribunal Federal, repudia essa afirmação, que não corresponde à realidade dos fatos, pois jamais convidou o eminente ex-Procurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot, ao seu apartamento, para “saber se havia algo na Lava-Jato que pudesse constrangê-lo”.

Mais do que isso, o Ministro CELSO DE MELLO esclarece que nunca teve qualquer diálogo nesse sentido com o então Chefe do Ministério Público da União nem sequer lhe formulou, em local algum, qualquer indagação a esse respeito.

Em suma: a equivocada referência feita na edição impressa da “Folha de S. Paulo”, na data de hoje (31/07/2019), de que o Decano do Supremo Tribunal Federal convidou o Dr. Rodrigo Janot, “a sua casa”, com o suposto objetivo de buscar informação “para saber se havia algo na Lava -Jato que pudesse constrangê-lo”, não encontra suporte na realidade dos fatos nem se reveste de qualquer veracidade, pois – insista-se – tal evento jamais se verificou, fosse com essa ou com qualquer outra finalidade.

No Supremo Tribunal Federal, em 31 de julho de 2019.
Ministro CELSO DE MELLO