Família Bolsonaro ‘fragiliza ordem democrática’, dizem juízes da AJD

A AJD (Associação Juízes para a Democracia) emitiu nota, nesta quinta-feira (31), em repúdio a declarações –como as do deputado Eduardo Bolsonaro– que proponham, em tom de ameaça, o retorno do AI-5, editado em 1968 no período mais duro da ditadura militar (1964-1985).

Eis a íntegra da manifestação:

A AJD reitera seu compromisso com a democracia e, por isso repudia toda manifestação ou prática que exalte a tortura ou proponha o retorno de Atos que, como o AI-5, tiveram como consequência a eliminação de pessoas e a destruição de famílias que, mesmo em condições adversas, insistiram em lutar por fórmulas de convívio democrático.

Menções reiteradas ao período da ditadura civil-militar vivenciada no Brasil  vêm sendo utilizadas por membros da família Bolsonaro, ocupantes de cargos públicos, como mecanismo de fragilizar e criar ainda maiores instabilidades na ordem democrática.

As forças populares que lutaram pela democracia no período de 1964 a 1985 deixaram sementes, que germinaram numa gama de movimentos populares ao lado dos quais a AJD seguirá lutando.

AJD – Associação Juízes para a Democracia