Em iniciativa anunciada como uma inovação no Tribunal de Justiça de São Paulo, pela primeira vez os principais dirigentes da corte participaram de reunião com o governador do Estado e seu secretariado. O evento foi realizado nesta sexta-feira (10), no Palácio dos Bandeirantes.

O tribunal enfrenta dificuldades orçamentárias e a presença do presidente eleito, desembargador Pinheiro Franco, acompanhado do vice-presidente e do corregedor, é vista como uma tentativa de facilitar o caminho para os pleitos do TJ-SP.

Eles já estiveram reunidos em três ocasiões com membros do Poder Executivo.

A seguir, a notícia divulgada no site do TJ-SP:

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Já são rotineiras – e proveitosas – as reuniões que o governador João Doria faz, semanalmente, no Palácio dos Bandeirantes, com o seu secretariado, para discutir as principais questões atinentes à administração do maior Estado brasileiro. A de hoje [sexta-feira, 10], entretanto, teve um significado singular para três dos integrantes do Tribunal de Justiça de São Paulo, que assumiram os cargos de direção, no biênio 2020/2021, do também maior tribunal estadual do país.

Depois de um mês eleitos (a eleição foi em 4 de dezembro) e, no quarto dia de empossados, os desembargadores Geraldo Francisco Pinheiro Franco (presidente), Luis Soares de Mello (vice-presidente) e Ricardo Mair Anafe (corregedor-geral da Justiça) já estiveram três vezes reunidos com o Poder Executivo tratando de questões de interesse da Corte.

[Nesta manhã] os três participaram da “Reunião do Secretariado”, que agregou, além da primeira-dama Bia Doria e os secretários das 24 secretarias que integram o Governo do Estado de São Paulo (ligadas à saúde, educação, transportes, segurança pública, fazenda, desenvolvimento social, agricultura, entre outras áreas), o secretário de Governo em exercício, Nelson Baeta e o secretário especial e chefe do Escritório de Representação do Estado de São Paulo em Brasília (Egesp), Antonio Imbassahy.

Também houve a presença de convidados como o professor e economista Roberto Macedo, o presidente da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe, professor doutor Carlos Antonio Luque; deputados federais e estaduais, representantes de autarquias da administração indireta, como Sabesp e Cetesb e sindicatos, como por exemplo o Secovi-SP.

A proximidade do Judiciário com o Executivo e vice-versa, mais do que concretizar o estipulado no art. 2º da Constituição Federal/88, traz à tona a disposição de ambos os poderes com o intercâmbio de ideias e opiniões, a colaboração recíproca e a boa intenção de relacionamento.

Segundo os integrantes do TJ-SP, na reunião de hoje [sexta-feira, 10], puderem inteirar-se de relevantes questões do Poder Executivo paulista.