Um juiz que dignifica o serviço público
Numa rápida cerimônia virtual em janeiro, quando foi empossado desembargador da Seção Criminal do Tribunal de Justiça em São Paulo, o juiz Sérgio Mazina Martins sensibilizou colegas ao resumir a essência do serviço público na magistratura:
“Somos servidores públicos porque nos foi concedido servir ao povo, notadamente aqueles que sofrem, os inferiorizados e os que, talvez porque pequenos ou simplesmente diferentes, são tristemente aviltados e perseguidos.”
Ele disse que “a grande alegria dessa trajetória é poder dignificar pelo trabalho cotidiano a ideia de um autêntico serviço público, ou seja, de um compromisso sobretudo independente, impessoal e isento; posto que tributado tão somente ao povo que nos constitui”.
“Pelo trabalho, podemos elevar o serviço público ao patamar mais alto das coisas construídas coletivamente; daquilo que, porque debatido, deliberado e elegido em praça aberta, busca zelar pelo interesse de todos”, afirmou.
Ao completar 31 anos de magistratura, o desembargador citou outras alegrias: “a condição de aprendiz, a rara felicidade de reconstruir a experiência de aluno, e a riqueza das amizades, dentro e fora da carreira”.
Martins foi homenageado por dois outros magistrados da área criminal.
“Todos o conhecemos e sabemos que ele é um homem intelectualmente preparado, experiente, sensível e extremamente dedicado à magistratura”, disse o presidente da Seção Criminal, desembargador Guilherme Gonçalves Strenger.
O presidente do TJ-SP, Geraldo Francisco Pinheiro Franco, citou a qualidade do trabalho de Martins e a delicadeza de trato a quem o procura: “Homem culto, de absoluta sensibilidade notadamente entre as mazelas que examinamos nas ações penais que nos chegam às mãos”.
Sérgio Mazina Martins é natural de Campo Grande (MS), formou-se em 1982 pela Faculdade de Direito da USP. Mestre em Processo Civil pela USP, foi procurador do Estado. Atuou em Campinas, Cananéia e na 2ª Vara Especial da Infância e da Juventude.