Aras designa comissões para criar sete novos grupos contra o crime organizado

O procurador-geral da República, Augusto Aras, designou comissões provisórias para estudar e sugerir a instalação de mais sete Gaecos (Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

Foram instituídas comissões no Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Todas as designações têm validade até 31 de dezembro deste ano.

Atualmente, já contam com Gaecos federais os estados de Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Amazonas, Pará, Rio de Janeiro e Bahia.

Para São Paulo, foram designados 15 procuradores da República (três deles procuradores regionais, cujas designações são feitas ad referendum do CSMPF – Conselho Superior do Ministério Público Federal).

O procurador regional da República Fábio George Cruz da Nóbrega, ex-presidente da ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República), foi designado para compor a comissão provisória do Ceará.

O procurador Celso Antonio Três, de Novo Hamburgo (RS), será um dos membros da comissão provisória do Rio Grande do Sul.

Três atuou como coordenador da força-tarefa Greenfields, na Procuradoria da República do Distrito Federal. Sua indicação foi contestada pela maioria do Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF).

O Blog vem publicando reportagens sobre a desmontagem de forças-tarefas em unidades do MPF, na gestão de Aras, e sua substituição por Gaecos. (*)

As portarias com os nomes dos integrantes das comissões provisórias serão publicadas nesta quinta-feira (22) no Diário Oficial da União.

Em Alagoas, um ofício especial temporário vai analisar de viabilidade da instalação do Gaeco após levantamento sobre o crime organizado no estado. O titular desse ofício especial será o procurador regional da República Joel Almeida Belo.

As comissões provisórias vão definir prioridades dos Gaecos e encaminhar os estudos à Câmara Criminal do MPF para a instalação definitiva dos grupos.

MEMBROS DAS COMISSÕES PROVISÓRIAS

São Paulo: Ana Cristina Tahan de Campos Netto de Souza; Anderson Vagner Gois dos Santos; André Libonati; Bruno Costa Magalhães; Carlos Roberto Diogo Garcia; Cristiane Bacha Canzian Casagrande; Gustavo Moyses da Silveira; Marcos Salati; Pedro Antonio de Oliveira Machado; Rodrigo Luiz Bernardo Santos; Thiago Lacerda Nobre e Tito Livio Seabra. Procuradores regionais: Adriana Scordamaglia Fernandes; Elaine Cristina de Sá Proença e João Francisco Bezerra de Carvalho.

Rio Grande do Sul: Adriano dos Santos Raldi; Alexandre Schneider; Celso Antônio Três; Fabíola Dörr Caloy; Juliano Stella Karam e Mark Torronteguy Nunez Weber

Santa Catarina: Carlos Humberto Prola Júnior; Cláudio Valentim Cristani; Ivan Cláudio Garcia Marx e Mario Sérgio Ghannagé Barbosa.

Ceará: Luiz Carlos Oliveira Júnior; Ricardo Magalhães de Mendonça e Fábio George Cruz da Nóbrega

Espírito Santo: Gabriel Silveira de Queirós Campos e Artur de Brito Gueiros de Souza

Mato Grosso: Everton Pereira Aguiar Araújo e Fabrizio Predebon da Silva

Rio Grande do Norte: Paulo Sérgio Duarte da Rocha Júnior e Francisco Chaves dos Anjos Neto

(*) Leia as seguintes reportagens da série Operação Tapa-buraco:

Operação tapa-buraco tenta reparar perdas com o desmonte da Lava Jato

Operação tapa-buraco ocorre um ano depois de grave confronto no MPF

Procuradoria-Geral da República nega desmantelamento das forças-tarefas

Operação Greenfield: extinção prematura e lenta desmontagem da força-tarefa (1)

Operação Greenfield: Aras contraria cúpula do MPF e indica um aliado (2)

Operação Greenfield: as ironias e o insucesso da coordenação a distância (3)

Gaeco federal da Bahia tem equipe experiente em municípios distantes

Obs. Texto alterado em 25.jul.2021