Inquérito civil público investiga policial suspeito de comercializar aeronaves

Frederico Vasconcelos

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) instaurou Inquérito Civil Público para apurar atos de improbidade administrativa atribuídos ao policial Ronney José Barbosa Sampaio, papiloscopista da Polícia Civil do Distrito Federal.

Ele é suspeito de comercializar aeronaves.

Em agosto último, reportagem de Aliny Gama em colaboração para o UOL revelou que estava registrado em nome do policial um helicóptero modelo Robinson 44, encontrado após cair em uma fazenda em Poconé (MT), região do pantanal mato-grossense, carregado com 280kg de cocaína.

Informações do RAB (Registro Aeronáutico Brasileiro) fornecidas pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) indicavam que o agente público teria cinco aeronaves registradas em seu nome.

Segundo a Polícia Federal, a droga foi avaliada em R$ 6,9 milhões. O acidente não deixou feridos.

Em entrevista à imprensa local, Sampaio afirmou na ocasião que adquirira o helicóptero um ano antes, mas, por falta de dinheiro para regularizar a liberação de voo, vendeu a aeronave em maio. Ainda segundo a reportagem, as datas não coincidiam com os registros da ANAC.

Na ocasião, o UOL tentou contato com o papiloscopista, mas as ligações não foram atendidas.

O inquérito foi instaurado pelos promotores de Justiça adjuntos Alexandre Ferreira das Neves de Brito, André Gomes Ismael e Leonardo Borges de Oliveira. O Núcleo de Investigação de Controle Externo da Atividade Policial do MPDFT constatou incompatibilidade entre o patrimônio e os rendimentos recebidos pelo policial.