Mensalão: fogueira de vaidades e silêncio
Frederico Vasconcelos
Do jornalista Elio Gaspari, em artigo nesta quarta-feira, na Folha, sob o título “A carnavalização do juízo”, em que comenta a fogueira de vaidades no Supremo Tribunal Federal, atiçada com o julgamento do mensalão:
Há faíscas de vaidade no Supremo, mas há também aulas de rigor. A eloquência dos ministros Celso de Mello, Cármen Lúcia e Rosa Weber está no silêncio. Aliás, quem gosta de atribuir lances de vaidade às mulheres, deveria registrar que até hoje passaram três pelo Supremo. Todas demonstraram que “pavão” é um substantivo masculino.
A TV Justiça serviu, pelo menos, para termos uma melhor idéia da personalidade dos ministros, da capacidade de cada um enfrentar questões processuais e até mesmo para saber como cada um age diante de evidentes chicanas dos advogados. Uns repelem em poucas palavras. Outros, preferem ficar mais de uma hora lendo seu voto, que, obviamente, já estava pronto aguardando a chicana, quando, na verdade, poderia ter apenas reconhecido a preclusão (coisa que qualquer aluno do terceiro ano de Direito saberia fazer com meia dúzia de palavras) e não atrasado o julgamento em um dia.
Caro Frederico,
Por demais pertinente a divulgação do conteúdo do texto do articulista. Na maioria das vezes a vaidade humana se mostra como postura atitudinal negativa a qualquer profissional, muito mais ainda em relação a nós juízes, agentes políticos, membros de poder e parcela de poder do Estado. Parabéns pela sábia analogia. Sua leitura deveria ser obrigatória para todos nós juízes.